Arquivo mensal: janeiro 2009
Kenny Dorham Quintet – Trompeta Toccata (1964)
O trompetista Kenny Dorham nasceu na cidade de Fairfield no Texas em 1924, em 45 já estava na Big Apple atuando na orquestra de Dizzy Gillespie, transformando-se em um típico músico de bebop. Tocou com Fats Navarro, Bud Powell, Sonny Stitt e outros expoentes do gênero até que, no final da década de 40, integrou o quinteto de Charlie Parker em substituição a Miles Davis. No início dos anos 50 esteve afastado da música por problemas com drogas e reapareceu na cena em 54, substituindo Clifford Brown nos Jazz Messengers. Logo em seguida substituiria Clifford novamente no quinteto com Max Roach. Após outro período afastado da música, por razões de doença, tentou voltar ao jazz em tempo integral, mas devido a problemas renais, que exigiram uma série de sessões de hemodiálise, faleceu em dezembro de 1972, aos 48 anos. Um dos melhores trompetistas do jazz, Dorham não teve o reconhecimento merecido por parte do grande público, tendo se tornado uma espécie de músico de músicos, gravando com Thelonious Monk, Sonny Rollins, Tadd Dameron, Hank Mobley e até Cecil Taylor. Trompeta Toccata, de 1964, é um de seus melhores discos, gravado ao lado do exímio saxofonista Joe Henderson e do melódico pianista Tommy Flanagan.
Kenny Dorham (tp) Joe Henderson (ts) Tommy Flanagan (p) Richard Davis (b) Albert “Tootie” Heath (d)
Rudy Van Gelder Studio, Englewood Cliffs, NJ, September 14, 1964
1.Trompeta Toccata
2.Night Watch
3.Mamacita
4.The Fox
John Scofield Quartet – Rough House (1978)
O quarteto do guitarrista Jonh Scofield no final da década de setenta era um dos mais promisores combos da época. Scofield começava a despontar no cenário como um guitarrista de sonoridade especial. O quarteto conta ainda com a participação do genial pianista Hal Galper, integrante do quinteto de Phil Woods inúmeras vezes premiado pela Down Beat como melhor pequeno grupo de jazz durante as décadas de setenta e oitenta. Stafford James e Adam Nussbaum oferecem uma base rítmica a altura dos dois principais solistas.
John Scofield (gt) Hal Galper (p) Stafford James (b) Adam Nussbaum (d)
1 Rough House
2 Alster Fields
3 Ailleron
4 Slow Elvin
5 Triple Play
6 Air Pakistan
Michael Brecker – Pilgrimage (2007)
Pilgrimage é o último trabalho do saxofonista Michael Brecker, falecido em 2007 vítima de leucemia, e conta com uma seleção de músicos de primeira grandeza. Brecker fez questão de cercar-se de seus amigos mais diletos e afins com sua música, sempre rica e visceral. Todos parecem ter dado o máximo de si para essa sessão, que transborda talento e emoção, e a precária condição física do líder é imperceptível. As nove composições trazem a habitual categoria de Brecker como compositor e intérprete, um mestre na música modal. As passagens em uníssono entre Michael e Pat Metheny, sempre impecáveis, são obra do grande entrosamento entre ambos, fruto de anos a fio de colaborações.
Pilgrimage é um álbum intenso e coeso, um perfeito canto do cisne desse músico inesquecível. Obrigado por tudo Michael Brecker!!
Michael Brecker (ts), Pat Metheny (gt), Herbie Hancock (p), Brad Mehldau (p), John Patitucci (b), Jack DeJohnette (d)
1. The Mean Time
2. Five Months From Midnight
3. Anagram
4. Tumbleweed
5. When Can I Kiss You Again?
6. Cardinal Rule
7. Half Moon Lane
8. Loose Threads
9. Pilgrimage
Donald Byrd & Phil Woods – The Young Bloods (1956)
Donald Toussaint L’Overture Byrd chegou em Nova Iorque vindo de Detroit em 1955 e teve como primeiro trabalho profissional na cidade uma temporada com o quinteto do pianista George Wallington no Cafe Bohemia. Nesse grupo ele encontrou o saxofonista Phil Woods que era tambem um jovem músico e seguidor fiel do estilo de Charlie Parker no sax alto. Phil ainda digeria a perda recente de seu mestre e guru e Byrd lamentava a ausência, também prematura, de Clifford Brown morto em acidente automobilístico. Esta sessão foi gravada pela Prestige no final de 1956 e traz quatro composições originais de Phil Woods, um tema da pena de Charlie Parker – “Dewey Square” e um standard – “Lover Man”. Uma curiosidade é o tema de Woods “House of Chan”, sendo Chan a viúva de Parker com quem Woods se casaria mais tarde. Um encontro de dois grandes jovens músicos no início de suas carreiras…….Young Blood nas veias!!!
Donald Byrd (tp) Phil Woods (as) Al Haig (p) Teddy Kotick (b) Charlie Persip (d) Rudy Van Gelder Studio, Hackensack, NJ, November 2, 1956
1- Dewey Square
2- Dupeltook
3- Once More
4- House Of Chan
5- In Walked George
6- Lover Man
2- Dupeltook
3- Once More
4- House Of Chan
5- In Walked George
6- Lover Man